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quarta-feira, 3 de julho de 2013

TRANSPLANTE DE CABEÇAS É POSSÍVEL

Em 1970, o neurocirurgião americano Robert White chocou a comunidade científica com um experimento polêmico: transplantar a cabeça de um macaco para o corpo de outro. Um neurocientista italiano acredita que descobriu fazer o mesmo – com seres humanos.

O doutor Sergio Canavero, da Universidade de Turim, publicou recentemente um artigo na revista Surgical Neurology International em que afirma que "a tecnologia hoje existente permite" que se conecte cabeça e corpo, por meio de um "corte limpo", com uma "lâmina ultra-afiada", que deixaria as duas medulas espinhais em condições de ser conectadas com um polímero inorgânico (uma cola).

A cirurgia poderia ser empregada em casos de pacientes tetraplégicos ou com falência múltipla de órgãos.

O experimento com macacos de Dr. White – que obteve relativo sucesso – serviu de base para Canavero, que reconhece a dificuldade de se replicar a cirurgia em humanos, mas acha o experimento viável, dada a complexidade de procedimentos já realizados, como o transplante de face. Apesar das implicações éticas envolvidas, Canavero insiste que o procedimento deve ser levado a sério em futuras pesquisas.


"Pessoas com condições terríveis e sem um pingo de esperança não podem ser relegadas a um canto escuro da medicina", escreveu.


sexta-feira, 28 de junho de 2013

NEUROCIENTISTA AFIRMA: "NOSSA VIDA POLITICA FAZ PARTE DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA"

O neurocientista português António Damásio, que desembarcou no Brasil em meio à onda de protestos, vê algum paralelo entre os acontecimentos de junho de 2013 e a abordagem com que ele próprio estuda a mente. Ele, que estuda o papel da emoção na racionalidade, concorda que o envolvimento emocional das pessoas com as reivindicações ajudou os protestos tomarem grandes proporções ao mesmo tempo em que perdem um pouco da objetividade. O cientista, professor da Universidade do Sul da Califórnia, rejeita, porém, uma visão pessimista na qual o impulso emocional das pessoas solapa sua objetividade.


Para o cientista, que está preparando um livro sobre a ligação entre a neurociência e fenômenos sociais, o aumento do desejo das pessoas por maior participação política é um caminho natural. "Tudo aquilo que se passa na nossa vida social e política não é uma coisa inventada por nós, por políticos ou por jornalistas, é uma coisa que faz parte da nossa evolução" afirmou anteontem em São Paulo, em palestra no ciclo de conferências "Fronteiras do Pensamento".



quinta-feira, 20 de junho de 2013

NEUROCIENTISTA AFIRMA QUE RELIGIOSIDADE PODE SER TRATADA COMO DOENÇA MENTAL

Uma pesquisadora da Universidade de Oxford, e autora especializada em neurociência sugeriu recentemente que um dia o fundamentalismo religioso pode ser tratado como uma doença mental curável. Kathleen Taylor, que se descreve como uma “escritora de ciência filiada ao Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética”, fez a sugestão durante uma apresentação sobre a pesquisa do cérebro no Festival literário no País de Gales na última semana.
Em resposta a uma pergunta sobre o futuro da neurociência, a pesquisadora afirmou que “uma das surpresas pode ser a de ver pessoas com certas crenças como pessoas que podem ser tratadas [clinicamente]. Alguém que tem, por exemplo, torna-se radical a uma ideologia de culto, nós podemos parar de ver isso como uma escolha pessoal resultado de puro livre-arbítrio e começar a tratá-lo como algum tipo de distúrbio mental",  afirmou a cientista, segundo o Huffington Post.

Ela disse ainda que não estava apenas se referindo aos candidatos óbvios, como o islamismo radical”, mas também exemplificou tais crenças como a ideia de que bater em crianças é aceitável. "Em muitos aspectos, poderia ser uma coisa muito positiva, porque não há dúvida de crenças em nossa sociedade que fazem muitos danos", completou.