Pesquisa feita pelo Ibope a pedido da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), divulgada na tarde de ontem (25), mostra queda na
popularidade do governo federal, de 55% em junho para 31%. Em avaliação feita
também nos governos estaduais, o Ibope aponta os governadores de Pernambuco,
Paraná, Ceará e Minas Gerais como os mais populares e os de Rio de Janeiro,
Goiás e São Paulo como os menos populares. O instituto considera a popularidade
média de governadores e prefeitos similar à da presidenta Dilma Rousseff.
As manifestações de junho são apontadas como fator
determinante para a queda da avaliação da presidenta. Mas as críticas são
distribuídas entre Executivo e Legislativo. Mais de 30% dos entrevistados
reprovaram as respostas dadas por governantes e parlamentares.
No caso específico de Dilma, o Ibope afirma que a queda na
popularidade, “que se iniciou com o crescimento da inflação, como apurado na
pesquisa de junho, se intensificou após o início das manifestações públicas que
tomaram conta do país a partir da Copa das Confederações”. A aprovação da
maneira de governar caiu de 71% para 45%. O índice de confiança na presidenta
recuou de 67% para 45%, enquanto o percentual de população que não confia subiu
de 28% para 50%.
Entre os governadores, Sérgio Cabral (PMDB), do Rio, ocupa a
lanterna em termos de aprovação, com 29%, seguido por Marconi Perillo (PSDB),
de Goiás, com 34%, e Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, com 40%. Os três
ficam abaixo da média nacional, de 42%, e bem distante dos líderes da lista,
Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, com 76%, Cid Gomes (PSB), do Ceará, com
54%, e Beto Richa (PSDB), do Paraná, com 52%. No caso das administrações
estaduais, o Ibope não tem uma série que possibilite a comparação com os
índices registrados antes das pesquisas.
Essa queda também se refletiu na comparação entre os governo
de Dilma e de Lula. Foi a primeira vez, nesta gestão, que o percentual de quem
considera o governo atual pior que o do anterior foi o mais alto entre as
opções apresentadas aos entrevistados. Em julho, 46% disseram que o governo
Dilma é pior que o de Lula, ante 10% que consideram melhor. Outros 42%
consideram iguais.
Embora apontado como um fator de queda de popularidade, a
inflação não aparece entre os principais problemas apontados. O primeiro da
lista é saúde (77%), seguido de educação (39%), segurança pública/violência
(38%), drogas (29%) e corrupção (27%). O controle da inflação e dos preços tem
apenas 9%.
Segundo o Ibope, foram feitas 7.686 entrevistas, dos dias 9
a 12, em 434 municípios, sendo 2.002 para amostra nacional.
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