Anunciado como redenção para a economia da pequena São José do Norte, de 25 mil habitantes, na década de 1990, o projeto Bojuru, então de propriedade da Paranapanema, saiu de cena, diante da pressão de grupos ambientalistas que viam na atividade de mineração um risco ao lençol freático da região. Passados quase 20 anos, a ideia de retirar das areias que separam o mar da lagoa dos Patos minerais como ilmenita e rutilo (substância titânio) e zircão (substancia zircônio) ressurge sob a batuta da Rio Grande Mineração, empresa do Grupo MSP (mineração, energia e trading), com sede em São Paulo. Se o projeto avançar, São José do Norte, que já está recebendo US$ 420 milhões em investimentos do Grupo EBR para instalação de um estaleiro, entrará em uma fase de franco crescimento.
O diretor de Desenvolvimento da Rio Grande Mineração, Ricardo Marcos Garvizu Flores, afirma que a iniciativa encontra-se em estágio preliminar. “Estamos na fase de análise e estudos de pré-viabilidade técnica, ambiental e econômica”, diz o executivo. Ele detalha que foram adquiridos todos os direitos minerários, dados e informações de propriedade da Paranapanema na região e, também, aqueles de propriedade da Rio Tinto e da Amazônia Mineração, que são contíguos. No Ibama, o projeto está registrado como Atlântico Sul e não mais como Bojuru.
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