O trailer cinematográfico vive tempos de transformação. Nos
EUA, o maior mercado do mundo, a associação nacional dos donos de cinema
iniciou neste mês um lobby para tentar reduzir sua duração, a fim de diminuir o
intervalo entre as sessões e aumentar a publicidade antes dos filmes. Por outro
lado, esse aperitivo de novos filmes encontrou na internet um local para se
consolidar como o principal chamariz para espectadores em potencial e um
termômetro útil para planejar o lançamento e até mesmo prever o sucesso nas
bilheterias.
Um estudo publicado no último dia 6 pelo Google aponta que o
número de visualizações de um trailer no YouTube (plataforma da empresa de
vídeos on-line) serve para prever, com 94% de precisão, o desempenho de um
filme nas bilheterias dos EUA. No Brasil, uma pesquisa do Datafolha de 2012
mostrou que 48% das pessoas que foram aos cinemas assistiram antes ao trailer
na internet. "Uma empresa especializada em monitoramento on-line
conseguiu definir quem eram as pessoas que estavam vendo o trailer --idade,
gênero etc.-- e isso foi fundamental para a estratégia de lançamento", diz
René Sampaio, diretor de "Faroeste Caboclo".
O longa foi lançado no último dia 31 em 464 salas e levou
554 mil pessoas aos cinemas (incluindo pré-estreias) --o número coloca o longa
na 13ª posição entre todas as estreias brasileiras desde a retomada da produção
nacional, nos anos 1990. Especialistas entendem que a relação de público total
e visualização do trailer é da ordem de três vezes.
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