Cerca de 20 mil pessoas, segundo a Brigada Militar, saíram
novamente em marcha pelas ruas de Porto Alegre nesta quinta-feira. Apesar da
maior parte da multidão ter feito a caminhada em paz, mesmo abaixo de chuva na
maior parte do tempo, outra vez houve confrontos entre um grupo de manifestantes
e a polícia, placas de sinalização e estabelecimentos comerciais foram
depredados e contêineres queimados.
De acordo com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana
(DMLU), dez equipamentos foram incendiados durante a manifestação. Houve
confrontos com a BM na região das avenidas Ipiranga e João Pessoa e nas
proximidades da prefeitura. Quatro pessoas foram atendidas no Hospital de
Pronto Socorro, feridas durante o protesto. A BM informa que 18 manifestantes
foram presos.
Lojas da Avenida da Azenha receberam pedradas e a força do
próprio corpo dos manifestantes para que, aos poucos, fossem danificadas.
Mochilas, cadernos e baterias foram furtados sem interferência da polícia.
Tapumes colocados na concessionária de motocicletas atacada na segunda-feira
duraram pouco tempo. O apelo a favor da paz grafitado na madeira cor-de-rosa
não comoveu o grupo que também cometeu saques de materiais.
A destruição chegou novamente às agências bancárias, como a
do Itaú, na Azenha, do Banrisul, na João Pessoa, do Banco do Brasil, na
Venâncio Aires. Ao todo, a BM contabilizou danos em sete bancos. Danificado em
menor escala na segunda-feira, o Shopping João Pessoa não foi poupado da fúria.
O mobiliário urbano foi usado como alvo e como instrumento de ataque. Lojas do
Centro foram saqueadas, materiais escolares e notebooks foram roubados. Cerca
de 25 pontos comerciais tiveram parte do patrimônio destruído e entre 10 a 15
locais foram saqueados.
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