O deputado João
Campos (PSDB-GO), autor do projeto conhecido como “cura gay”, decidiu nesta
terça-feira arquivar a proposta na Câmara Federal. O presidente da Frente
Parlamentar Evangélica falou a colegas na reunião semanal das lideranças da
Casa. O recuo de Campos veio após a onda de protestos que atinge o País há
quase um mês. O projeto, que foi aprovado em junho pela
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado
Marco Feliciano (PSC-SP), ainda precisaria passar por duas comissões da Câmara
antes de ser votada em plenário.
Os deputados haviam concordado em aprovar
hoje, em plenário, o requerimento de urgência da matéria, que acelera a
tramitação do texto, e derrubar o projeto na sessão de amanhã. O avanço da proposta preocupou militantes
LGBT (lébicas, gays, bissexuais e transgêneros), que convocaram protestos
contra o projeto e pediram a saída de Feliciano da presidência da comissão.
O texto propunha a
suspensão da validade de dois artigos de uma resolução do Conselho Federal de
Psicologia, em vigor desde 1999, que proíbe os profissionais de participar de
terapia para alterar a orientação sexual e de tratar a homossexualidade como doença.
Os profissionais também não podem adotar ação coercitiva a fim de orientar
homossexuais para tratamentos não solicitados.
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