Cofundador de um dos sites mais longevos e populares da
internet, o The Pirate Bay, de compartilhamento de arquivos, Tobias Andersson,
35, acredita que uma nova rede social, "totalmente independente de
governos e empresas", possa substituir o Facebook nos próximos anos.
"Eles têm sido muito bons em conectar pessoas,
companhias e veículos de comunicação, em um só local", disse o sueco, que
esteve nesta semana no Brasil.
Segundo ele, porém, políticas frágeis de privacidade e a
necessidade de monetização do negócio tornaram a rede social uma ameaça à
liberdade da internet.
"Adoraria que uma nova empresa, com as mesmas funções
do site, porém independente, surgisse nos próximos anos. É hora de substituir o
Facebook”.
Andersson, que está afastado da operação do site há quatro
anos, mas ainda mantém contato com seus atuais coordenadores, disse ter
convicção que as grandes empresas de internet cooperam com os órgãos de
segurança nacional americanos.
Ele defendeu Edward Snowden, que revelou um esquema de
espionagem virtual do governo dos Estados Unidos. "Os Estados Unidos é
quem deveria estar sendo processado, e não ele."
Fundado há dez anos, o Pirate Bay tornou-se o maior site de
compartilhamento de conteúdo gratuito do mundo.
Com o sucesso, entrou em confronto com gravadoras, que
acusaram o site de facilitar a pirataria. Em 2009, três dos fundadores foram
condenados na justiça sueca --um deles permanece preso.
Andersson, que não foi processado, hoje estuda sistemas de
informação em uma universidade da Suécia e prepara um livro sobre a história do
site.
Fonte: Folha de São Paulo
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