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terça-feira, 9 de julho de 2013

ONDE FOI PARAR O PROCESSO DE SONEGAÇÃO DA REDE GLOBO?

O caso da sonegação da Globo tende a se tornar um marco na história nacional.
Dadas as informações que vão surgindo – tudo fora da mídia corporativa, aliás – é difícil acreditar em impunidade, mesmo se tratando da Globo com sua poderosa, quase indestrutível rede de amigos, de influência, de represálias e de intimidação.
A mais recente informação veio da internet, pelo twitter de Edu Goldenberg (@edugolbenberg).
E é uma paulada.
Segundo um documento vazado por Goldenberg, uma funcionária da Receita Federal, Cristina Maris Meinick Ribeiro, simplesmente sumiu com o processo em que a Globo é acusada de trapaça fiscal na aquisição dos direitos de transmissão da Copa de 2002.
Segundo os relatos, ela está respondendo à justiça em liberdade por uma decisão atribuída ao ministro do STF Gilmar Mendes.
Papeis da Receita, veiculados pelo blog O Cafezinho, mostraram que a Receita pilhara a Globo numa manobra em que a aquisição dos direitos da Copa foi tratada como investimento no exterior.  Com isso, a Globo não pagou o imposto devido no Brasil – e sim o do paraíso fiscal em que a falsa operação foi realizada, as Ilhas Virgens.
Em 2006, o valor que a Globo tinha que pagar batia em 615 milhões de reais.
Divulgado o caso, a Globo ignorou primeiro, tergiversou depois e só reconheceu o problema quando o UOL entrou em ação (para depois, misteriosamente, abandonar a história).
Numa nota, a empresa afirmou ter pago multa à Receita.
Mas então a fonte da Receita que passara a informação ao Cafezinho veio com uma nova bomba: disse que a Globo na verdade jamais pagou a multa e nem nada dos 615 milhões assinalados. “Se pagou, mostra o darf”, desafiou a fonte.
Darf é o recibo da Receita.
Como certos cadáveres de romances policiais, o darf da Globo jamais apareceu, e esta informação ficou limitada aos sites jornalísticos, o Diário incluído.
A grande mídia não compareceu a um assunto de claro, torrencial interesse público.
Considere.
Uma escola com uma área de 10 mil metros quadrados, e 5,2 mil metros quadrados de área construída, custa cerca de 4 milhões de reais. Este custo inclui 12 salas de aula, laboratórios multidisciplinares e de informática, salas de arte e de vídeo, biblioteca, auditório, praça central e quadra esportiva coberta.
Você poderia construir mais de 150 escolas públicas desta com a sonegação da Globo – naquele e apenas naquele episódio da Copa.
E então chegamos ao interesse público.
No Brasil, o sigilo fiscal é um desdobramento da proteção à intimidade.
A Constituição diz no artigo 5º, X: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”. (Tudo aquilo que a mídia infringe constantemente contra seus adversários, e impunemente.)
Os tribunais, incluído o STF, entendem que este direito não é absoluto. O sigilo pode e deve ser rompido quando o caso é de “preponderante interesse público”.
“A proteção aos sigilos bancário e fiscal não é direito absoluto, sendo que os mesmos podem ser quebrados quando houver a prevalência do direito público sobre o privado, na apuração de fatos delituosos ou na instrução dos processos criminais, desde que a decisão esteja adequadamente fundamentada”, disse o STJ numa decisão.
O Ministério Público teria que pedir a quebra do sigilo no caso da Globo. Mas, pelo menos até aqui, não pediu – e este é um dos pontos que devem ser também devidamente esclarecidos.
Não que o MP não faça este tipo de coisa.
Eis um trecho de uma notícias no site do STJ: “No último mês de setembro, o ministro João Otávio de Noronha acatou parcialmente a manifestação do Ministério Público e retirou o sigilo, em parte, do Inquérito n. 681, que investiga denúncia de desvio de verbas públicas no estado do Amapá, fato esse apurado pela Polícia Federal na Operação Mãos Limpas.”
Ao acolher o pedido do Ministério Público, nesta fase de investigação, o ministro João Otávio ressaltou que, com a realização das buscas e apreensões e as prisões, o caso caiu em domínio público, “e a imprensa tem noticiado fatos com restrição de informações, o que enseja a distorção delas”.
Tudo isso – incluídas as distorções pela falta de informações oficiais – demandaria a quebra do sigilo fiscal neste caso da Globo.
Recentemente, quando o presidente do Bayern de Munique foi flagrado numa sonegação pelo uso de paraíso fiscal, o governo alemão explicou assim o rigor empregado (ele teve que pagar uma fiança de 15 milhões de reais para escapar da prisão): “Nenhum país pode funcionar quando as pessoas imaginam que podem fazer aquele tipo de coisa sem consequência.”
Neste particular, o que vale para a Alemanha vale – integralmente – para o Brasil.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

BRASIL TERÁ O XBOX ONE MAIS CARO DO MUNDO

Ei você, que quer comprar um Xbox One no Brasil: sabia que o preço do console por aqui é o mais alto do mundo? O valor de R$ 2.199 bate com folga o segundo país no ranking, a Dinamarca, onde a nova geração do Xbox sairá pela bagatela de R$ 1.487. Os vilões são os impostos, como estão acostumados os compradores de eletroeletrônicos importados.

Sobre os consoles (e também sobre os jogos) incidem impostos de importação e taxas federais e estaduais --todos seguem o princípio da essencialidade. "Produtos considerados mais importantes pela legislação têm tributação menor. Alimentos, materiais de educação ou peças de vestuário, por exemplo, são menos taxados do que telefones celulares ou games", diz João Eloi Olenike, presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).



quinta-feira, 16 de maio de 2013

CDL POA ENGAJADA NO DETALHAMENTO DOS IMPOSTOS

Os varejistas de Porto Alegre estão engajados em fazer valer as novas regras de discriminar os impostos pagos pelos produtos na nota fiscal. No encontro semanal da diretoria da CDL local, foi unânime a opinião de que as informações são importantes para todos. “As novas regras dão mais transparência a todo o processo. Além disso, os consumidores conhecerão quanto custa a máquina pública em seus bens de consumo diário, comparando com os serviços recebidos do Estado”, ressaltou o presidente da CDL Porto Alegre, Gustavo Schifino. A lei nº 12.741 entra em vigor no dia 8 de junho, mas encontra dificuldades por causa da complexidade do sistema tributário brasileiro.