sábado, 22 de junho de 2013

ESTRATÉGIA DO GOVERNO FALHA E DÓLAR CHEGA A R$ 2,24

"A alta do dólar é reflexo da crise de confiança que passa o Brasil". O diagnóstico é do ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles ao seu antigo chefe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro no início da semana para conversar sobre os rumos da economia brasileira. Para Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, o panorama brasileiro é menos catastrófico do que "alguns gostam de dizer", pois é semelhante ao de outros países emergentes.

Freitas critica o fato de o governo ter tentado suavizar o avanço do dólar antes da posição do banco central americano sobre a continuidade do programa de estímulos à atividade econômica, estendido até o final do ano, quando será reduzido. Isso passou uma sensação de descontrole. O BC agia e não conseguia segurar o avanço. Era melhor esperar subir forte e agir de uma vez só — reflete Freitas.

Desde maio, o BC fez 10 intervenções no mercado cambial para evitar a alta do dólar. Para esquentar o já nervoso mercado financeiro, surgiu o rumor — desmentido rapidamente pelo Planalto — de que em conversa com a presidente Dilma Rousseff, Lula teria sugerido a substituição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, por Meirelles.

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